O nível de autoconhecimento, a reconstrução de novas crenças e começar a fazer coisas que antes eu não me permitia – exatamente nessa ordem – foram os fatores que me trouxeram um novo rumo.

Percebi que, por muito tempo, as minhas decisões não eram realmente minhas. Elas estavam mascaradas pelas expectativas de outras pessoas, pelos medos que carregava e pelas crenças limitantes que me diziam o que era ou não possível. Quantas vezes eu disse “sim” quando queria dizer “não”? Quantas vezes escolhi o caminho “seguro” por medo do julgamento alheio ou pela ideia de que eu não era capaz de tentar algo diferente?

Talvez você também já tenha passado por isso. A sensação de que as escolhas que faz, no fundo, não estão alinhadas com o que você realmente quer ou acredita. Tomar decisões que fazem sentido para você é muito mais do que escolher a opção “certa” de um cardápio de possibilidades – é garantir que essa escolha esteja em total sintonia com quem você é, com os seus valores e, principalmente, com seus verdadeiros desejos.

A Importância de Se Conhecer Profundamente

Se você parar para pensar, todas as decisões que tomamos – das mais simples às mais complexas – são, em grande parte, reflexo de quem acreditamos ser. Por isso, o autoconhecimento é o primeiro passo essencial para tomar decisões que realmente fazem sentido.

Mas o autoconhecimento não acontece da noite para o dia. É um processo de exploração contínua, uma jornada de descobrir o que te motiva, o que te bloqueia e o que realmente importa. Quanto mais você se conhece, mais claras ficam suas escolhas. E essa clareza é o que te ajuda a evitar decisões baseadas no medo, na dúvida ou nas expectativas dos outros.

Uma pergunta que me ajudou muito ao longo dessa jornada foi: O que realmente importa para mim? A resposta para essa pergunta, por mais simples que pareça, pode mudar completamente a maneira como você encara as decisões da sua vida. Ao identificar o que é essencial, você consegue perceber quais escolhas são realmente importantes e quais são apenas distrações ou tentativas de atender expectativas externas.

O Processo de Reconstrução de Crenças

Uma vez que você começa a se conhecer melhor, o segundo passo é a reconstrução de crenças. A maioria de nós carrega crenças herdadas, muitas vezes inconscientes, que limitam nossa capacidade de fazer escolhas que verdadeiramente reflitam quem somos. Essas crenças funcionam como um filtro, distorcendo a maneira como vemos o mundo e como tomamos decisões.

Mas, assim como podemos identificar essas crenças limitantes, também podemos substituí-las. Quando você se permite questionar o que sempre acreditou – sobre si mesma, sobre os outros, sobre o que é possível ou impossível – você começa a abrir espaço para novas formas de pensar e, consequentemente, para novas formas de agir.

Aqui está uma reflexão que me ajudou muito nesse processo: O que eu acredito sobre mim mesma que está me impedindo de tomar a decisão que desejo? Quando comecei a explorar essa pergunta, percebi que muitas das minhas decisões eram influenciadas pelo medo de não ser boa o suficiente ou de falhar. Ao reescrever essas crenças, me dei permissão para fazer escolhas mais alinhadas com a minha verdade.

Dando o Primeiro Passo

Depois de se conhecer melhor e reconstruir suas crenças, o último passo é começar a agir. Muitas vezes, mesmo com todo o autoconhecimento do mundo, ainda hesitamos em tomar decisões importantes porque tememos o desconhecido. Mas é justamente na ação que encontramos a confirmação de que estamos no caminho certo.

A verdade é que não existe uma “decisão perfeita” – existe a decisão que faz sentido para você no momento em que ela precisa ser tomada. A vida é fluida, e nossas escolhas também podem ser. O que importa é que, ao agir, você esteja em sintonia com quem você é e com os valores que escolheu seguir.

Então, eu te pergunto: Quais decisões você tem adiado? O que te impede de agir? Talvez agora seja o momento de parar, refletir sobre o que realmente importa, e dar o primeiro passo na direção que faz sentido para você.